Segundo a Embraer, hoje todas as suas aeronaves são aprovadas para utilizar uma mistura de até 50% de SAF junto ao querosene de aviação, de acordo com os padrões estabelecidos pela ASTM International – mas a empresa também diz que possíveis especificações futuras poderão certificar e permitir a operação com combustíveis contendo até 100% de SAF, o que maximizaria o potencial de redução de emissões das aeronaves.
O SAF emite até 80% menos carbono do que o querosene de aviação e pode ser produzido a partir de diferentes matérias-primas, como biomassa, óleos vegetais, gorduras animais, óleo de cozinha usado, resíduos urbanos, gases residuais, resíduos agrícolas e etanol. “Isso torna o uso de SAF essencial para que as operações da Embraer sejam neutras em carbono até 2040”, diz a empresa, o que contribui para atingir “a meta do setor aeroespacial de zerar emissões até 2050”.
A Embraer afirma que “a sustentabilidade faz parte de sua estratégia de negócios” e que a conclusão dos testes com o SAF 100% “demonstra a determinação da empresa em adaptar seus produtos atuais para serem mais sustentáveis e em promover a adesão dos clientes e da indústria a esse novo padrão”. “Os voos do Phenom 300 e do Praetor 600 em SAF 100% puro são marcos significativos nesses esforços”, diz.
Os testes foram realizados nas instalações da Embraer em Melbourne, na Flórida, e contaram com a colaboração dos fornecedores de motores e sistemas de combustível Honeywell Aerospace, Pratt & Whitney Canada, Parker e Safran. Estadão