Da matéria-prima à reação que dá origem ao biodiesel. Nos dias 20 e 21/09, cerca de 160 alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental do Colégio Objetivo do Gama/DF foram cientistas por um dia na Embrapa Agroenergia.
Os estudantes conheceram mais sobre o biodiesel, um biocombustível proveniente de plantas e de gorduras animais, da matéria-prima à reação que dá origem ao produto. Soja, Macaúba, Dendê e óleo de fritura são algumas das matérias-primas mostradas na visita. A soja é o carro chefe da produção do biodiesel, mas a Embrapa e outras instituições de pesquisas buscam outras alternativas.
A visita foi para que os alunos aprendessem mais sobre a bioenergia, pois eles estão cursando uma matéria que é correlacionada com o assunto, explicou a coordenadora do Colégio, Magnólia Barbosa de Oliveira.
“A ideia é estimular a reflexão nos estudantes que participam sobre a importância das energias renováveis e das pesquisas e que eles poderão ser os cientistas do futuro que ajudarão a sociedade. Sempre que eles vem aqui mostramos que eles também já fizeram experimentos e às vezes nem sabiam”, diz a responsável pelo programa e supervisora do NCO na Embrapa Agroenergia, Daniela Collares.
O Embrapa & Escola começou com uma palestra sobre energias renováveis e quais são seus benefícios. Pelo tour a Unidade, os alunos percorreram os laboratórios conhecendo um pouco mais sobre o trabalho desenvolvido nas quatro estruturas de pesquisa (folder institucional) e a área da Planta-piloto, além de conhecer os vários itens sustentáveis do prédio, como o teto verde.
Outro enfoque foi a questão de segurança do trabalho. O técnico de segurança do trabalho da Unidade, Luiz Carlos Carvalho, explicou como se utiliza os equipamentos de proteção (EPI`s) e acredita que esse projeto desperta o interesse pela ciência. “Eu vejo como um modo de motivar os estudantes para a vida profissional, além de conhecer qual é o trabalho da Embrapa. Nossa participação na formação desses alunos é muito importante.”
O biodiesel é feito a partir de uma reação química entre um óleo (animal ou vegetal), um catalizador e um álcool. Ao invés de utilizar o metanol, que é tóxico, como é feito no laboratório e nas usinas, aqui o experimento é feito com etanol, pela segurança dos alunos, explica Gislaine Ghiselli.
“Achei a visita maravilhosa. A visita foi muito rica. A transformação do biodiesel foi o momento mais esperado pelos alunos”, destacou a Magnólia Oliveira.
Para a aluna Kevelly Caroline, do 9º ano, a palestra foi muito interessante. “Aprender sobre as energias renováveis e o biodiesel foi legal. Deu para entender tudo direitinho na palestra. Adorei fazer a reação do biodiesel”.
Já para a estudante Mariana Tabatinga, do mesmo ano, a ideia de conhecer os laboratórios aumentou a vontade de aprender mais. “Achei legal, nunca tinha ouvido falar sobre o biodiesel, foi legal aprender como se faz”.
Além de aprender sobre as energias renováveis, os alunos conheceram o projeto M.O.V.E.R (Meu Óleo Vira Energia Renovável), cujo o principal objetivo é ensinar a população a forma correta de descartar o óleo de cozinha, que posteriormente é encaminhado para reaproveitamento na produção de biocombustível. Quando jogado na rede de esgoto, o óleo pode entupir as tubulações, além de contaminar os rios.
No final todos puderam ver as diversas sementes que são usadas na produção do biodiesel e seus óleos, com a explicação da importância da pesquisa para a diversificação das matérias-primas e o uso das tortas (resíduos das plantas) para a alimentação. Em todas as etapas, foi reforçada a importância da pesquisa e como isto irá contribuir para a energia renovável e o bem estar da população.
As escolas que quiserem participar do “Embrapa & Escola” podem entrar em contato com a Embrapa Agroenergia pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (61) 3448-1581. Esta ação começou com o projeto “Cientista por um dia” em outubro de 2013, e de lá para cá, essa ação já foi apresentada em feiras de C&T, exposições agropecuárias, eventos institucionais, cursos, entre outros. Além disso, cerca de três mil alunos já participaram visitando a Unidade ou sendo atendidos na própria escola.
Embrapa Agroenergia