Gerar energia com custo menor e de maneira viável a partir de resíduos orgânicos. Foi assim que a Solidda Energia, empresa legitimamente curitibana, desenvolveu de maneira inédita no país turbinas a vapor em tamanho reduzido para a geração de energia elétrica em estabelecimentos industriais. O projeto promove a redução de custos e aumenta a competitividade para indústrias de pequeno e médio porte.
A energia gerada na turbina a vapor usa a biomassa como combustível. “O grande ganho é que é uma energia de fonte renovável. Desde resíduos de eucaliptos até biogás, os combustíveis para os nossos geradores são inúmeros”, afirma o engenheiro mecânico e sócio da Solidda Energia, Silvio Dalmolin.
O desenvolvimento do aparato só foi possível graças a uma parceria com o Governo do Estado do Paraná. A Solidda energia obteve um financiamento de uma linha de crédito voltada para a inovação por meio da Fomento Paraná. Os recursos obtidos foram fundamentais para desenvolver os testes necessários antes da instalação definitiva das turbinas nas indústrias. “Com o financiamento desenvolvemos uma caldeira para teste. Em seguida, montamos o kit gerador completo e entregamos pronto para nosso cliente”, lembra o engenheiro.
O crédito ajudou também a gerar empregos. Hoje, a Solidda conta com 40 funcionários e possui planos de expansão. A empresa pretende criar uma gama maior de produtos que poderão ser usados até por micro e pequenas indústrias.
Gerando energia
Os empresários que comandam a Solidda Energia, Silvio Dalmolin e Rodrigo Duarte começaram a trabalhar com projetos de geração de energia a partir de biomassa – resíduos e cavacos de madeira e cascas de arroz, entre outros – há mais de dez anos. De lá para cá, a tecnologia que antes estava disponível apenas para grandes empresas com capacidade e condições financeiras de implantar máquinas geradoras de energia, por conta do alto custo, começou a se tornar uma realidade para empresas de pequeno e médio porte.
Desenvolver turbinas menores e mais acessíveis era uma demanda crescente no mercado, e por isso, em 2010, a Solidda participou da incubadora do Tecnova, programa de incentivo à inovação tecnológica em empresas de pequeno porte. Foi daí que vieram os recursos para que a turbina começasse a sair do papel e ganhar o mercado industrial.
A proposta dos sistemas geradores da Solidda Energia é que as pequenas e médias indústrias possam se tornar autossuficientes em energia, reduzindo a até zero a conta de energia dessas empresas. “Numa indústria moveleira, por exemplo, em que a madeira é a matéria-prima. A empresa faz o móvel e pode usar as aparas e outros resíduos para queimar e com isso gerar vapor. Esse vapor serve de combustível para a turbina da Solidda, que gera energia elétrica que pode ser usada no processo fabril. Ao final do processo, não ficam resíduos e conta de luz é menor”, explica Rodrigo.
A geração própria de energia elétrica nas empresas é um componente importante para melhorar a competitividade. “O custo da eletricidade é muito significativo no custo de produção das indústrias. Com o nosso sistema a indústria fica mais competitiva”, conclui Rodrigo.
Assessoria de imprensa