O avanço do setor de energia eólica no Brasil também ajuda no processo de desenvolvimento social e econômico de regiões carentes do País. A afirmação é do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
Ele explica que os maiores potenciais de expansão do setor eólico atualmente estão nas regiões mais pobres do Brasil e cita o caso do semiárido nordestino. São regiões onde vivem, principalmente, pequenos agricultores. A chegada de parques eólicos garante renda complementar, devido ao arrendamento de parte da terra para a instalação das torres.
“Isso não impede que esse pequeno agricultor continue com sua agricultura, com sua criação de boi, com seus animais, porque não existe incompatibilidade entre o aerogerador e essas atividades”, ressalta Tolmasquim. Segundo ele, essa renda extra muitas vezes corresponde a mais do que o dobro da renda usual obtida pelo agricultor, e, ao final colabora com o desenvolvimento econômico de toda a região.
“Podemos dizer que a energia eólica é importante não apenas porque é boa para o planeta e boa para o bolso do consumidor, mas porque é boa também para o desenvolvimento do interior do Brasil e pelo impacto social”, afirma o presidente da EPE.
A previsão do governo é que a energia elétrica produzida a partir dos ventos seja a segunda maior fonte de energia elétrica brasileira em poucos anos. Atualmente o País conta com aproximadamente 7,8 mil megawatts de produção eólica. Portal Brasil