Entenda como a energia solar pode ser potencializada junto de outras fontes de energia

Os chamados sistemas híbridos permitem a fusão de vários tipos de matrizes energéticas, fornecendo energia limpa mesmo quando há intermitência na geração

A energia solar está no horizonte de uma nova forma de encarar a produção de energia. Sustentável, limpa e renovável, vem crescendo a cada dia – já são mais de 5 milhões de consumidores no Brasil, principalmente no setor residencial. A geração de energia também tem batido recordes frequentemente: já são mais de 37,5 GW de potência produzida.

Realidade das fontes energéticas no Brasil

Embora muito forte, a energia fotovoltaica não é a número um no país. A energia hidrelétrica segue sendo a principal, com cerca de 60% de toda a energia consumida sendo originada por ela. A fotovoltaica está em segundo lugar, com quase 30% desse total. Demais fontes, como biomassa e eólica, juntas, formam 8% da matriz elétrica.

Logo, pode-se constatar que a energia renovável é responsável por boa parte da matriz elétrica brasileira. Não à toa, é a maior entre os principais países do mundo. E toda essa malha de energia renovável pode ser potencializada ainda mais com a integração entre elas, formando sistemas híbridos.

Uma integração entre diferentes tipos de energia carrega consigo uma gama de vantagens. Uma delas é diminuir problemas de abastecimento ocasionados por intermitência, algo comum em dias nublados e chuvosos quando se usa a energia solar. Desta forma, um sistema híbrido é capaz de extrair o melhor de cada fonte.

Tipos de sistemas híbridos

Não depender de somente uma fonte entrega flexibilidade ao usuário, permitindo maior autonomia energética. Algo que tem sido cada vez mais usual é utilizar a superfície de corpos d’água para a instalação de placas solares. Além de garantir o aproveitamento dessas áreas, instalações desse tipo reduzem a evaporação das águas e formam uma boa união entre energia solar e hidrelétrica.

Mesmo nas áreas rurais, onde a energia solar pode ser encontrada em grandes instalações como as fazendas solares, ainda assim, pode ter sua produção melhorada com o uso de recursos abundantes. É o caso de orgânicos que podem produzir biomassa, por exemplo. Resíduos agrícolas têm o potencial de produzir energia quando transformados em biogás, podendo inclusive ser armazenados e utilizados quando a produção solar estiver em baixa.

E uma das formas mais promissoras em termos de eficiência energética é o sistema híbrido entre energia eólica e solar. Complementares, a solar é eficaz durante o dia, enquanto a eólica produz mais à noite e em dias chuvosos e nublados, quando a velocidade dos ventos é maior. Contudo, para obter maior eficiência, deve-se realizar um estudo prévio que investigue qual é o melhor ponto para a instalação de ambas – geralmente, locais altos e descampados.

Muitas desses projetos são acessíveis até mesmo para os pequenos consumidores, desde que o projeto seja suficientemente dimensionado. Para tanto, é preciso conhecer a própria necessidade em termos energéticos, levando em conta a quantidade de kWh consumida. Ainda que se produza mais que o necessário, não há grandes problemas: a integração com a rede de distribuição permite que o excesso vire crédito com a fornecedora de energia.

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