Em cooperação com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, importante unidade de ensino da Universidade de São Paulo (Esalq/ USP) na cidade de Piracicaba (SP), realizará a primeira edição do curso visando aperfeiçoar as práticas conservacionistas nos diferentes ambientes em que a cultura canavieira é explorada.
Indicado a profissionais que já trabalham no setor sucroenergético ou para aqueles que buscam formação específica no tema, o curso, previsto para fevereiro de 2018, terá certificação da Esalq/USP e duração de 7 meses (180 horas). As inscrições estão abertas no site www.fealq.org.br. A seleção dos participantes será feita por meio de análise de currículo e carta de apresentação. As vagas são limitadas – 33 por edição.
Diferentes módulos farão com que os participantes atualizem seus conhecimentos conceituais relacionados aos tipos de solos, clima, mecânica do processo erosivo e ferramentas de localização espacial. O propósito é fazer com que os profissionais desenvolvam habilidades de planejamento e dimensionamento de sistemas de conservação do solo, eficientes do ponto de vista ambiental e operacional.
O diretor Técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, ressalta que alterações de manejo agrícola são constantes, e isso exige a adaptação das práticas conservacionistas às novas tecnologias. “O segmento canavieiro vem passando por transformações importantes na lavoura. Com a mecanização da colheita, por exemplo, temos que conciliar rendimento operacional com as vantagens ambientais proporcionadas pelo fim do uso do fogo ao tratar o solo”, observa o executivo.
O coordenador geral do curso, Gerd Sparovek, também professor Titular da Esalq/USP no Departamento de Ciência do Solo, enfatiza que o curso terá um bom equilíbrio entre o aprofundamento de conceitos teóricos e experiência prática. “Vamos aproveitar a oportunidade de troca de experiências entre os alunos, buscando ouvir diferentes vozes e visões sobre o dia a dia e construir um conhecimento de forma ativa. O projeto pedagógico está sendo executado com muito cuidado, o que permitirá trazer para as aulas uma análise crítica dos participantes em relação às inovações na área de conservação do solo”, explica.
De acordo com a Esalq, nos últimos meses os organizadores do projeto vêm visitando diversas unidades produtivas e registrando informações sobre inovação na conservação do solo. Já foram avaliadas 10 áreas em três unidades, e outras mais serão avaliadas. Estas informações estão sendo sistematizadas e servirão de material pedagógico; apostilas, planilhas interativas e videoaulas.
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