Transformar o grão em biocombustível é oportunidade de agregação de valor para o agronegócio brasileiro
Especialistas do Brasil e do exterior destacaram nesta semana, em São Paulo (SP), durante a 17a. Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, o potencial para expansão da produção de etanol fabricado a partir do milho no País.
Segundo Vital Silva Nogueira, da Usimat, usina flex de etanol localizada no Mato Grosso, o etanol de milho é uma oportunidade para a região Centro-Oeste. “Transformar o grão em etanol é agregar valor, gerando renda para o produtor, desenvolvimento para as localidades e arrecadação para o Estado.”
De acordo com David Vandergriend, da ICM, empresa dos Estados Unidos fabricante e fornecedora de tecnologia para plantas de etanol flex – que produzem tanto o biocombustível a partir do milho quanto de cana – uma usina deste modelo tem grande potencial de mercado. Isso porque, disse, além do etanol, uma planta flex pode produzir energia elétrica, DDG, entre outros subprodutos das matérias-primas e dos biocombustíveis. A ICM, por exemplo, já forneceu tecnologia para usinas flex no Brasil.
Na avaliação de Sérgio Bortolozo, presidente da Abramilho, o Brasil tem que acelerar a implantação das usinas flex, porque temos matéria-prima – a produção de milho cresce – e há mercado. “Estamos perdendo tempo, emprego, renda, impostos e mercados com esta morosidade.” (Uagro)