A produção do etanol de milho no Brasil avança em um ritmo veloz. O Renovabio, considerado um dos maiores programas mundiais de descarbonização, tem dado uma grande contribuição para esse cenário de crescimento.
De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), desde a safra de 2017/18, com a entrada em operação de indústrias dedicadas a essa área, a produção nacional passou de 520 mil de metros cúbicos para 4,5 milhões de metros cúbicos (ou 4,5 bilhões de litros) na safra 2022/23, um crescimento próximo de 800%.
A União Nacional do Etanol de Milho (Unem), prevê que a produção do biocombustível chegue a 10 bilhões de litros até 2030. Com isso, haverá um aumento da participação no mercado nacional de etanol de 15% para 20%. Hoje, existem 18 usinas de etanol de milho instaladas no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo.
Guilherme Nolasco, presidente da entidade, diz que o Renovabio acabou incentivando muito a produção no setor, mas ressalta que é necessário que haja uma segurança jurídica que não tire essa estabilidade nos investimentos em novas unidades. “Existem hoje mais de 20 projetos de plantas de etanol de milho no Brasil, mas não há certeza se isso vai virar realidade diante de tantas alterações no Programa”, afirma o executivo. Segundo ele, o etanol de milho pode gerar mais de 10 milhões de CBios até 2030.
Canal-Jornal da Bioenergia