A ENGIE Group divulgou, através de comunicado à imprensa, que pretende investir 800 mihões de Euros na geração de biogás, nos próximos 5 anos. Até 2030, os investimentos devem somar 2 bilhões de Euros.
O objetivo da empresa é atingir as metas para o setor e reduzir os custos de geração em 30 a 40%, para que se equiparem ao do gás natural.
“Gás, que deve se tornam crescentemente verde, vai desempenhar um papel central na descarbonização de nosso País, junto com outras fontes renováveis de energia. O gás é facilmente armazenável e não-intermitente”, declarou Isabelle Kocher, CEO da ENGIE, na inauguração da planta de Biogás de Beauce Gâtinais, na França.
“Como tal, o biogás tem propriedades únicas, tornando-o complemento natural de outras fontes renováveis de energia. Será um vetor importante da transição energética em nosso país”.
No Brasil, a ENGIE, anteriormente Tractebel Energia, é a maior geradora privada de energia, com participação de cerca de 6,2% no mercado. A empresa tem sede em Florianópolis, Santa Catarina, fatura cerca de 2,1 bilhões de dólares por ano, e tem 1.100 funcionários.
É crescente o interesse por biogás e biometano no Brasil. Segundo a 2ª. edição do Programa Nacional do Biogás e do Biometano (PNBB) elaborado pela ABiogás, Associação Brasileira do Biogás e Biometano, que o Brasil tem potencial para produzir 82 bilhões de metros cúbicos por ano de biogás. Considerado o país com o maior potencial de produção de biogás no mundo, o Brasil hoje tem matéria-prima para suprir, através do biogás e do biometano (biogás purificado), 70% do consumo nacional de diesel, ou 36% do consumo de energia elétrica.
Segundo Alessandro Gardemann, presidente da ABiogás, “… além de preencher o gap de três anos de atualização, incluímos outras fontes que antes não foram consideradas, como palha de milho e de soja”, destaca. Atualmente, o setor sucroenergético é a grande promessa para o biogás, com potencial para gerar 41 bilhões de m³/ano. Em seguida, vem a agroindústria com 38 bilhões metros cúbicos, e saneamento com 4 bilhões de metros cúbicos.
No Brasil, a geração de biogás e biometano a partir de resíduos de cana de açúcar já ocorre na planta da Geoenergética, localizada em Tamboara, Paraná, anexa á Usina Coopcana. E está em fase de implantação uma nova planta em Bonfim Paulista, São Paulo, na Usina Raízen Bonfim, planejada para entrar em operação no final de 2019.
Datagro