Futuro da energia solar no País é debatido em encontro

Na ocasião, entidade apresentou projeções inéditas para o mercado fotovoltaico brasileiro no próximo ano e recebeu o economista Alexandre Schwartsman para análise do cenário macroeconômico no Brasil

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) reuniu, no dia 7 deste mês, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e o governador em exercício de São Paulo, o deputado estadual Carlão Pignatari, atual presidente da Assembleia Legislativa de SP, para um debate sobre o futuro da energia solar no Brasil e os desafios e oportunidades do setor para o próximo ano.

O debate marcou a abertura oficial do Encontro Nacional ABSOLAR, que acontece nos dias 7 e 8 dezembro, na cidade de São Paulo. O evento reúne empresários, consultores, especialistas e agentes públicos, para uma série de palestras e rodadas de negócios entre os players do setor fotovoltaico no País. Também foi realizada uma palestra magna pelo economista Alexandre Schwartsman,  ex-diretor de assuntos internacionais do Banco Central e economista-chefe dos bancos ABN Amro e Santander. O economista trouxe um panorama da macroeconomia no País, que serviu de base para planejamento e definições de metas dos empresários do setor para o próximo ano.

Com cerca de 500 participantes, a ABSOLAR também apresentou as projeções inéditas do setor fotovoltaico para 2023. Os dados apontam que, no próximo exercício, a fonte solar deverá gerar mais de 300 mil novos empregos, espalhados por todas as regiões do Brasil. Segundo a avaliação da entidade, os novos investimentos gerados pelo setor poderão ultrapassar a cifra de R$ 50 bilhões no próximo ano, incluindo as usinas de grande porte e os pequenos sistemas em telhados, fachadas e terrenos.

Pela análise da ABSOLAR, em 2023 serão adicionados mais de 10 gigawatts (GW) de potência instalada, chegando a um total acumulado de mais 34 GW, o equivalente a quase duas e meia usinas de Itaipu e que representam um crescimento de mais de 52% sobre a potência solar atual do País.

“Até o final do próximo ano, as perspectivas são de que o setor terá gerado 1 milhão de empregos no Brasil desde 2012, distribuídos entre todos os elos produtivos do setor e em todas as regiões do País. Os investimentos acumulados devem chegar a R$ 170,9 bilhões, com mais de R$ 53,8 bilhões em arrecadação de tributos públicos”, informa Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.

“Dos 34 GW totais, 21,6 GW serão provenientes de pequenos e médios sistemas instalados pelos consumidores nas residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, enquanto os 12,4 GW estarão em grandes usinas solares”, acrescenta Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR. (Assessoria)

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