A ABEEólica está lançando seu Boletim Anual de Geração Eólica 2016, publicação que reúne os principais dados da indústria eólia no Brasil e analisa o cenário de desenvolvimento desta fonte renovável de energia. No ano passado, foram adicionados à matriz elétrica brasileira mais 2 GW de energia eólica em 81 novos parques, fazendo com que o setor chegasse ao final de 2016 com 10,75 GW de capacidade instalada em 430 parques, representando 7% da matriz. Foram gerados mais de 30 mil postos de trabalho em 2016 e o investimento no período foi de US$ 5,4 bilhões. Também importante mencionar que, em 2016, a geração de energia eólica cresceu 55% em relação a 2015, de acordo com a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).
Em 2016, a energia eólica gerou energia equivalente ao abastecimento mensal de uma média de 17,27 milhões de residências por mês,o equivalente a cerca de 52 milhões de habitantes, tendo registrado crescimento de 58% em relação ao ano anterior, quando a energia eólica abasteceu 33 milhões de pessoas. Desse modo, a energia gerada pela fonte eólica em 2016 foi capaz de fornecer energia elétrica residencial a uma população maior que a das regiões sul e norte somadas.
O ano de 2016 também foi de recordes para a eólica. Um exemplo: conforme dados do ONS (Operador Nacional do Sistema), no dia 5 de novembro de 2016, um sábado, 52% da energia do Nordeste veio das eólicas. No relatório, há destaques de recordes também do sul e nacional.
Importante destacar ainda como foi o desempenho da energia eólica em relação aos demais países. De acordo com dados do GWEC (Global Wind Energy Council), o Brasil ultrapassou a Itália e ocupa agora a nona posição no Ranking Mundial de capacidade instalada de energia eólica. Já ranking de nova capacidade instalada no ano, Brasil caiu uma posição e está em quinto lugar.
“Os números apresentados no Boletim refletem um setor vigoroso e com grande capacidade de captação de recursos e de investimentos. Em 2017, vamos instalar uma considerável nova capacidade e devemos terminar o ano com cerca de 13 GW. Será um bom resultado, mas sempre é bom lembrar que ele é consequência de leilões realizados em anos anteriores. Como sabemos, o cancelamento do Leilão de Reserva no final do ano foi uma notícia muito negativa para a indústria e tirou o setor de sua trajetória positiva: 2016 foi o primeiro ano, desde que as eólicas começaram a participar de leilões, em que não houve contratação de energia dessa fonte. Por isso, todos os nossos esforços neste momento estão num diálogo transparente e técnico com governo sobre a necessidade de novos leilões. A contratação de energia eólica em 2017 é indispensável para o futuro da fonte no Brasil”, analisa Elbia Gannoum, Presidente executiva da ABEEólica.
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