O Brasil tem 432 parques eólicos em operação e com eles o país atingiu em fevereiro a marca de 10,79 GW de capacidade instalada desta fonte de energia. De acordo com a Abeeólica, existem ainda em construção 308 parques que estarão prontos até 2020.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) também divulgou dados sobre geração total das usinas em operação comercial e em teste em 2016. No total foram gerados 33,15 TWh de energia eólica ano passado, um crescimento de 52% em relação a 2015.
No cenário mundial, o Brasil ficou em 5º lugar no ranking de expansão da capacidade instalada de geração eólica em 2016, segundo ranking do Global Wind Energy Council (GWEC), entidade internacional especializada em energia eólica. Como resultado, o GWEC colocou o Brasil como o 9ª país com maior capacidade acumulada de geração eólica no mundo (10.740 MW), superando a Itália, e mantendo o primeiro lugar na América Latina. A China ficou com o primeiro lugar no ranking de expansão da capacidade instalada de 2016, com 23.328 MW instalados, o que representa 42,7% da expansão mundial. Em segundo lugar ficaram os Estados Unidos (8.203 MW), seguidos pela Alemanha (5.443 MW) e Índia (3.612 MW). Ao todo, foram adicionados 54.600 MW de potência eólica no mundo, totalizando 486.749 MW ao final de 2016.
“O Brasil tem um dos melhores ventos do mundo, uma cadeia produtiva 80% nacionalizada e investimentos que já passam da ordem dos R$ 70 bilhões no total. Temos, portanto, um ótimo potencial de crescimento. Até 2020, considerando apenas os contratos assinados e leilões já realizados, vamos chegar a 18 GW. Com novos leilões, esse número ainda vai crescer. O importante agora é que novos leilões sejam de fato realizados nos próximos meses, já que em 2016 não tivemos nenhum leilão de energia eólica pela primeira vez, desde que esta fonte começou a participar de leilões em 2009. Importante lembrar que, hoje, as eólicas são a opção mais competitiva de contratação, já que as grandes hidrelétricas, que sempre ocuparam esta posição, enfrentam obstáculos para sua expansão por questões ambientais. Além disso, a energia eólica será profundamente importante para que o Brasil cumpra o Acordo do Clima”, afirma Elbia Gannoum, Presidente-Executiva da ABEEólica, Associação Brasileira de Energia Eólica.
Canal-Jornal da Bioenergia