Goiás dobra número de sistemas fotovoltaicos instalados no primeiro semestre de 2022

Unidades solares de geração distribuída conectadas somaram 13,2 mil nos primeiros seis meses deste ano, quase o dobro das 6,8 mil instaladas de janeiro a junho de 2021. Estado é o quinto com maior número de instalações

Goiás registrou mais de 13,2 mil sistemas de energia solar instalados no primeiro semestre de 2022 em imóveis residenciais, comerciais, industriais, rurais e relacionados ao Poder Público. Trata-se de 73 unidades conectadas à rede por dia, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

O número quase dobrou em relação às 6,8 mil unidades solares de Geração Distribuída instaladas nos primeiros seis meses no ano passado. Isso faz de Goiás o quinto com o maior número de instalações, perdendo apenas para São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. No Brasil, o número chega a mais de 267,8 mil sistemas, cerca de 1,48 mil unidades por dia, totalizando 16,41 gigawatts (GW) de capacidade instalada em usinas solares fotovoltaicas. O número representa 8,1% da matriz brasileira, atrás das fontes hídrica (53,9%) e eólica (10,8%).

A Yellot, empresa goiana de soluções sustentáveis há seis anos no mercado, tem a energia solar como carro-chefe dos serviços oferecidos e confirma o crescimento na procura, principalmente entre os consumidores residenciais. Mais de 82% das instalações contabilizadas de janeiro a junho de 2022 no estado foram feitas em residências. Ao todo, foram quase 11 mil instalações contra 5,4 mil em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo o diretor executivo da empresa, Pedro Bouhid, os principais motivos que explicam o aumento da procura por painéis solares em Goiás e no país como um todo são: a maior popularização da tecnologia, a conta de energia cada vez mais cara e o receio de parte dos consumidores com as novas regras de compensação da Geração Distribuída, além de maior conscientização ambiental.

“Estamos vindo de alguns anos de franco crescimento em energia solar e acreditamos que é algo que veio para ficar e fazer parte do dia a dia dos brasileiros. Há ainda muito o que crescer, principalmente entre estabelecimentos comerciais, indústrias e também no campo”, avalia Pedro.

Investimento

Mais do que uma possibilidade de economizar, investir em energia solar fotovoltaica garante bom retorno financeiro, tendo em vista o quanto esses projetos têm ficado cada dia mais acessíveis. Considerando o valor economizado pela geração própria em relação ao investimento feito, é possível observar retornos de rentabilidade entre 2% e 3% ao mês. “Não há nenhum produto financeiro de baixo risco disponível no mercado com retornos iguais a esses”, afirma o diretor executivo da Yellot, Pedro Bouhid.

O retorno do investimento, chamado de payback, é concluído em média em torno de três anos. Tendo em vista que a garantia que os fabricantes dos painéis solares oferecem é de 25 a 30 anos para eficiência, após o payback, o investidor terá uma geração de energia elétrica pagando apenas a taxa mínima obrigatória cobrada pela operadora de energia nos próximos 22 a 27 anos, desde que não consuma mais energia do que a gerada por sua usina solar.

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