A Celg Geração e Transmissão (Celg G&T) se associou à construtora Villela Carvalho na forma de uma Sociedade com Propósito Específico (SPE), com a finalidade de construir uma usina fotovoltaica na subestação Planalto, localizada na cidade de Morrinhos. O ato foi consolidado na tarde desta quinta-feira, dia 5, no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia, sob a chancela do governador Marconi Perillo.
Experiência pioneira no Brasil, a Usina de Morrinhos será gerida pela Planalto Solar Park, detentora de 51% das ações. A empresa japonesa Kyocera Brasil será a fornecedora das placas para a produção da energia solar enquanto a Celg G&T – cuja participação acionária será de 49% – ficará responsável pelo financiamento do empreendimento.
Investimento
A SPE estima investir R$ 35 milhões na construção da usina, cujas obras devem ser concluídas em seis meses, de acordo com previsão feita pelo presidente da Celg G&T, Fernando Navarrete. O dirigente considerou a construção da usina um grande avanço para Goiás. “O Estado mais uma vez é pioneiro na execução de projetos inovadores, agora na geração de energia renovável”, declarou.
A Usina Fotovoltaica de Morrinhos é a primeira de seis unidades a serem construídas em Goiás nos próximos 12 meses. A expectativa é de que a Celg G&T esteja presente em todos esses projetos dado o seu equilíbrio financeiro e sua capacidade de investimento. De acordo com dados apresentados pelo governador na solenidade, até o meio do ano a Celg G&T deve apresentar em seu balanço um faturamento que pode chegar a R$ 130 milhões. A projeção era a de que se alcançasse em julho os R$ 150 milhões de faturamento, estimativa que não se confirmou em razão do atraso na entrega de algumas obras.
Marconi ressaltou os desafios enfrentados pela Celg G&T, empresa com capital 100% goiano, que esteve à beira da insolvência durante a política de redução de tarifas praticada no governo passado. “Diante de um cenário totalmente desfavorável, resolvemos continuar e acreditar na força do trabalho da nossa equipe”,lembrou.
Exemplo
Hoje, a Celg G&T é um empresa pública que serve de exemplo para o Brasil. Tem uma equipe enxuta e estende sua participação societária a vários empreendimentos em Goiás e em outros estados. “Devemos muito à competência do Fernando Navarrete e a sua equipe”, reconheceu Marconi. O governador ressaltou que a energia fotovoltaica, produzida a partir da radiação solar natural, é uma das fontes mais limpas acessíveis. “Seu uso é altamente promissor no Brasil, e em especial no Centro-Oeste, pelos altos índices de insolação e outras condições climáticas”, salientou.
Marconi entende que a entrada da Celg G&T neste sistema, em parceria com empresas privadas, associa-se ao propósito da Aneel na difusão da tecnologia e o desenvolvimento de sua aplicabilidade. A miniusina que será instalada em Morrinhos se enquadra como minigeradora. A ampliação do sistema de geração distribuída possibilitará a redução do uso de usinas termelétricas, mais caras e mais poluentes, nos períodos de maior pico de consumo, justamente durante a estiagem, em que é preciso reduzir a produção nas hidrelétricas.
Gabinete de Imprensa da Governadoria