O Governo de Goiás e o Banco do Brasil lançaram ontem, terça-feira, na TECNOSHOW COMIGO, em Rio Verde (GO), um programa voltado à geração de energia fotovoltaica nas propriedades rurais – o Programa Agroenergia do Banco do Brasil. O protocolo de intenções estabelece a viabilização da aquisição e instalação de usinas geradoras de energia elétrica de fontes renováveis pelos produtores rurais e empresas do Estado de Goiás, dentro das ações do Programa Goiás Solar do Governo do Estado.
Entre os objetivos da iniciativa estão a redução do custo de produção, a auto-suficiência na geração de energia, produção e utilização de energia limpa e transferência de tecnologia ao campo. Também são esperadas a manutenção da renda, geração de novos empregos e a ampliação dos negócios com os setores agropecuário e empresarial.
Presente na solenidade de lançamento, o governador Marconi Perillo ressaltou que além de impactar positivamente no meio ambiente, o uso da energia solar também deve trazer benefícios para o produtor que hoje ainda paga muito alto pela conta de energia elétrica. “Essa implantação da energia fotovoltaica no estado, além de auxiliar no cumprimento dos objetivos definidos na COP-21, de Paris, para redução da emissão de poluentes, também vai melhorar a economia. Temos exemplos aqui trazidos pelo Banco do Brasil que mostram uma redução significativa para o produtor na conta, o que possibilitará que ele invista em outras áreas”, destacou.
O governador disse ainda que parte do recurso é proveniente da privatização da Celg D e que, desse montante, R$ 50 milhões foram destinados para a aplicação do Goiás Solar no Estado – o programa estadual foi lançado em fevereiro e prevê uma série de ações para reduzir custos e incentivar o uso desse tipo de energia. Além disso, de acordo com Marconi, a companhia italiana Enel, que adquiriu a empresa deverá investir em 2017 e no próximo ano, cerca de 800 milhões de dólares para aprimorar linhas de distribuição e melhorar a questão energética em Goiás.
Recursos
A Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), responsável pelo Fundo Constitucional de Financiamentos do Centro-Oeste (FCO), garantiu que Goiás tem se destacado na destinação dos recursos e utilização dos mesmos, especialmente no agronegócio. De acordo com o superintendente Antônio Carlos Nantes de Oliveira, nos dois primeiros meses do ano, a quantidade e volume de operações do FCO na região tem representado mais do que o dobro em comparação ao mesmo período do ano passado. “Para esse ano, temos mais de R$ 10 bilhões à disposição na região e nossa expectativa é de que até novembro esses recursos tenham sido utilizados. E esse recurso está disponível para o investimento nessa questão da energia solar. Há dinheiro e dinheiro barato para o produtor investir”, ressaltou.
Para o diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, Marco Túlio Moraes da Costa, o Programa Agroenergia Banco do Brasil, lançado em Rio Verde – que segundo ele é inspirado na iniciativa do Goiás Solar – pretende servir de modelo para ser replicado em todo o País. “Queremos aproveitar a Caravana do FCO que está aqui na TECNOSHOW e que seguirá para outros doze municípios nos próximos dias para apresentar esses recursos ao produtor para ele aplicar nessa questão da energia. Isso vai gerar economia, renda e, por consequência, empregos, cidadania e respeito”, analisou.
Conforme lembrou o diretor, no último ano o produtor não se sentia à vontade para investir e os recursos também não estavam disponíveis em grande quantidade. “Mas para 2017 temos condições de aplicar e investir no campo. São R$ 10 bilhões do FCO para a região Centro-Oeste, dos quais R$ 2,8 bilhões só para o estado de Goiás. E temos certeza de que, assim como os outros anos, vamos utilizar todo o recurso e ainda solicitar outra parte que outros estados não conseguirão utilizar”, sinalizou.
Conforme lembrou o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima), Vilmar Rocha, com o lançamento dessas iniciativas, Goiás pretende se tornar referência no Brasil na área de energias renováveis. “Serão cinco eixos de atuação do programa para transformar o Estado, distribuídos nas questões de tributação, financiamento, desburocratização e infraestrutura, fortalecimento da cadeia produtiva, educação e comunicação. Hoje vemos experiências exitosas com a energia solar no mundo, como nos países desenvolvidos em que 10% da matriz energética é solar. Então esse é o caminho”, pontuou.
Presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (COMIGO), que realiza a TECNOSHOW COMIGO, Antonio Chavaglia lembrou que o produtor rural ainda sofre com a deficiência de energia para a produção. “O produtor precisa ter condições de investir com isenção de impostos e melhores condições. Além disso, precisamos ter acesso a placas confiáveis que tem um custo menor. E esse lançamento para nós aqui na TECNOSHOW é uma satisfação por ir ao encontro dessa necessidade”, disse.
Divulgação Tecnoshow