Laboratório de pesquisa em bioenergia e biomateriais entra em operação na Unicamp

O Laboratório de Pesquisa em Bioenergia (Labioen), um complexo de pesquisa voltado à inovação no setor de bioenergia e biomateriais, acaba de entrar em operação na Unicamp. O Labioen deve contribuir com o desenvolvimento de tecnologias que atendam aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). A cerimônia aconteceu nesta quinta-feira (3), nas instalações do Labioen.

Integrado ao Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe), o complexo foi instalado em uma área de 6 mil metros quadrados localizada no antigo prédio do Centro de Tecnologia, reformado e adequado para as novas funções.

Dividido em dois prédios de 3 mil metros quadrados cada, o espaço conta com laboratórios multiusuários, salas de aula, sala de professores e um auditório, integrando-se à Planta Piloto em Bioenergia (PPBioen), uma construção de pé direito alto, adequada para experimentos em escala piloto.

As coordenadoras da Cocen, Raluca Savu (à esquerda) e do Nipe, Bruna Moraes: projeto emblemático
Segundo a coordenadora do Nipe, Bruna de Souza Moraes, trata-se de um centro de desenvolvimento que conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e que vai integrar pesquisa básica e aplicada, a partir de oito diferentes eixos. O complexo incluirá dois parceiros do setor privado, um deles interessado na produção de biometano e o outro, em desenvolver soluções na área do agronegócio.

“Temos ainda parcerias com instituições de pesquisa, como a USP [Universidade de São Paulo], e com o poder público, como a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Campinas  e a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento”, explicou.

De acordo com a coordenadora, ainda este ano, deve ser iniciado um segundo projeto, envolvendo a criação de um hub de baixo carbono.

A pró-reitora de Pesquisa, Ana Frattini e o reitor Antonio Meirelles: transição enegética é uma oportunidade de mudar o país
Segundo a coordenadora, parte dos projetos será desenvolvida pelo E-Renova, um centro de pesquisa em energias renováveis credenciado como Unidade Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e que tem sede na Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp.

“O Labioen é um projeto emblemático, que se insere no contexto mais amplo do Nipe. Esse espaço não é apenas um edifício. Ele representa o ponto de inflexão da nossa jornada na direção de uma transição energética mais sustentável e inovadora”, disse a coordenadora.

O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles – que descerrou a placa de inauguração do laboratório –, disse que as questões ligadas à sustentabilidade estão na pauta da Universidade já há muitos anos, mas lembrou que o grande desafio a partir de agora consiste em promover a inovação com respeito ao ambiente e com inclusão.

“A gente tem de pensar essas coisas de forma sistêmica e holística”, afirmou Meirelles. Segundo o reitor, trabalhar pela transição energética representa uma oportunidade de mudar o país e, para isso, é preciso alinhar-se de forma intensa aos ODS. “Nós precisamos provar que, como país, conseguiremos completar essa transição”, disse. “Como universidade, temos imensas oportunidades de contribuir nesse esforço e uma das pedras basilares para isso, com certeza, será o Labioen.”

Também participaram da cerimônia de inauguração a pró-reitora de Pesquisa, Ana Frattini e a coordenadora da Coordenadoria dos Centros e Núcleos de Pesquisa Interdisciplinar (Cocen), Raluca Savu. Unicamp

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