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MCTIC investiu R$ 180 milhões no desenvolvimento tecnológico do biodiesel

Nos últimos dez anos, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações investiu R$ 180 milhões no desenvolvimento tecnológico do biodiesel no Brasil. Os recursos foram aplicados em uma série de projetos implantados por meio da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel (RBTB), que é gerenciada pelo ministério. O resultado da atuação do MCTIC está no livro “Biodiesel no Brasil: Impulso Tecnológico – Volume 1”.

A publicação apresenta algumas das principais pesquisas sobre o combustível no país e os resultados de estudos recentes e inovadores. Dividido em dez capítulos, o livro mostra a evolução histórica da indústria brasileira de biodiesel e também aborda diferentes aspectos como logística e localização das usinas, tecnologias de produção existentes e tendências futuras, além da diversificação de matérias-primas na produção do combustível.

“O livro é um plano antigo do MCTIC para dar visibilidade às ações da rede na última década”, explica o coordenador de Inovação em Tecnologias Setoriais da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Rafael Menezes.

Para ele, o MCTIC teve um papel fundamental na estruturação de uma base tecnológica, na formação de uma rede de 37 laboratórios de caracterização e controle da qualidade do biodiesel no país, bem como na solução de gargalos tecnológicos do setor.

Esse trabalho começou em 2005, com a criação da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel (RBTB). Por meio dela, o MCTIC articula ações com outros órgãos de governo e com empresas privadas para impulsionar o desenvolvimento tecnológico do biodiesel no país. Somente por meio da Setec, até hoje já foram incentivados e elaborados termos de referência de 14 chamadas públicas, 32 encomendas tecnológicas e 60 projetos orçamentários.

Alternativa

Os biocombustíveis são uma alternativa sustentável à dependência energética de combustíveis de origem fóssil e contribuem para a redução das emissões de gases de efeito estufa e outros nocivos à saúde humana. Por meio de leis e do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), há dez anos o Brasil introduziu em sua matriz energética o biodiesel, uma mistura de monoésteres de ácidos graxos, que substitui o diesel fóssil em motores veiculares e estacionários.

Atualmente, o país é um dos maiores produtores mundiais do combustível. A capacidade instalada da indústria nacional é de 7,3 bilhões de litros por ano, sendo que, em 2015, o consumo total foi de 3,9 bilhões de litros. Hoje, o percentual obrigatório de adição do biodiesel ao diesel mineral é de 7%. A perspectiva é que essa proporção suba para 15% até 2020.

Rafael Menezes destaca que o MCTIC tem investido no domínio tecnológico de outras culturas para obter fontes alternativas de matéria-prima para a produção do biodiesel e baratear o custo.

Hoje, segundo ele, 80% do combustível produzido no Brasil têm como fonte a soja, 15% o sebo bovino e 5% outras matérias-primas graxas. E a matéria-prima responde por cerca de 80% do custo de produção. “O grande desafio é desenvolver novas fontes, em grande volume e de baixo custo nas principais regiões brasileiras produtoras de biodiesel.”

Congresso

O livro “Biodiesel no Brasil: Impulso Tecnológico – Volume 1”, que pode ser acessado na íntegra aqui, foi lançado durante o 6º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel, realizado em novembro último. No evento, foram aprovados 716 artigos científicos em sete áreas temáticas relacionadas ao biodiesel.

“É um número para se comemorar, levando em consideração a redução do investimento em pesquisa e novos projetos em virtude da crise econômica enfrentada pelo país”, aponta Rafael Menezes.

A média de artigos neste ano foi semelhante ao do último congresso da rede, em 2012, quando foram apresentados 800 trabalhos. Durante os quatro dias de realização, o evento contou com 750 participantes, entre pesquisadores, estudantes e representantes de empresas.

“O congresso é uma ferramenta onde se mede a temperatura da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico no país”, conclui o coordenador da Setec.

A publicação pode ser acessada na íntegra clicando aqui.

 

Por MCTIC

Nos últimos dez anos, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações investiu R$ 180 milhões no desenvolvimento tecnológico do biodiesel no Brasil. Os recursos foram aplicados em uma série de projetos implantados por meio da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel (RBTB), que é gerenciada pelo ministério. O resultado da atuação do MCTIC está no livro “Biodiesel no Brasil: Impulso Tecnológico – Volume 1”.

A publicação apresenta algumas das principais pesquisas sobre o combustível no país e os resultados de estudos recentes e inovadores. Dividido em dez capítulos, o livro mostra a evolução histórica da indústria brasileira de biodiesel e também aborda diferentes aspectos como logística e localização das usinas, tecnologias de produção existentes e tendências futuras, além da diversificação de matérias-primas na produção do combustível.

“O livro é um plano antigo do MCTIC para dar visibilidade às ações da rede na última década”, explica o coordenador de Inovação em Tecnologias Setoriais da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Rafael Menezes.

Para ele, o MCTIC teve um papel fundamental na estruturação de uma base tecnológica, na formação de uma rede de 37 laboratórios de caracterização e controle da qualidade do biodiesel no país, bem como na solução de gargalos tecnológicos do setor.

Esse trabalho começou em 2005, com a criação da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel (RBTB). Por meio dela, o MCTIC articula ações com outros órgãos de governo e com empresas privadas para impulsionar o desenvolvimento tecnológico do biodiesel no país. Somente por meio da Setec, até hoje já foram incentivados e elaborados termos de referência de 14 chamadas públicas, 32 encomendas tecnológicas e 60 projetos orçamentários.

Alternativa

Os biocombustíveis são uma alternativa sustentável à dependência energética de combustíveis de origem fóssil e contribuem para a redução das emissões de gases de efeito estufa e outros nocivos à saúde humana. Por meio de leis e do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), há dez anos o Brasil introduziu em sua matriz energética o biodiesel, uma mistura de monoésteres de ácidos graxos, que substitui o diesel fóssil em motores veiculares e estacionários.

Atualmente, o país é um dos maiores produtores mundiais do combustível. A capacidade instalada da indústria nacional é de 7,3 bilhões de litros por ano, sendo que, em 2015, o consumo total foi de 3,9 bilhões de litros. Hoje, o percentual obrigatório de adição do biodiesel ao diesel mineral é de 7%. A perspectiva é que essa proporção suba para 15% até 2020.

Rafael Menezes destaca que o MCTIC tem investido no domínio tecnológico de outras culturas para obter fontes alternativas de matéria-prima para a produção do biodiesel e baratear o custo.

Hoje, segundo ele, 80% do combustível produzido no Brasil têm como fonte a soja, 15% o sebo bovino e 5% outras matérias-primas graxas. E a matéria-prima responde por cerca de 80% do custo de produção. “O grande desafio é desenvolver novas fontes, em grande volume e de baixo custo nas principais regiões brasileiras produtoras de biodiesel.”

Congresso

O livro “Biodiesel no Brasil: Impulso Tecnológico – Volume 1”, que pode ser acessado na íntegra aqui, foi lançado durante o 6º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel, realizado em novembro último. No evento, foram aprovados 716 artigos científicos em sete áreas temáticas relacionadas ao biodiesel.

“É um número para se comemorar, levando em consideração a redução do investimento em pesquisa e novos projetos em virtude da crise econômica enfrentada pelo país”, aponta Rafael Menezes.

A média de artigos neste ano foi semelhante ao do último congresso da rede, em 2012, quando foram apresentados 800 trabalhos. Durante os quatro dias de realização, o evento contou com 750 participantes, entre pesquisadores, estudantes e representantes de empresas.

“O congresso é uma ferramenta onde se mede a temperatura da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico no país”, conclui o coordenador da Setec.

 

 

 

 

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