O Programa Brasil Mais Produtivo iniciou este mês uma nova etapa, com foco em eficiência energética e tecnologia. Segundo o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, trata-se de um salto qualitativo no processo produtivo da indústria. “Queremos com esta ação elevar o patamar da produção nacional, para que as nossas empresas estejam em condições de competir no mercado interno e externo, operando com tecnologia de ponta”, afirma.
O Brasil Mais Produtivo reúne um conjunto de ações que visam ampliar a produtividade das empresas participantes em pelo menos 20%, por meio da oferta de consultoria especializada a indústrias de pequeno e médio porte. Todo o processo produtivo da empresa participante é avaliado, com o objetivo de reduzir os desperdícios mais comuns. São melhorias rápidas, de baixo custo e alto impacto. Na primeira fase, o alvo foram três mil empresas.
O Brasil Mais Produtivo passa a oferecer consultoria a empresas com foco em eficiência energética, buscando reduzir custos e desperdícios de energia no processo produtivo. Atualmente, o método a ser aplicado passa por testes, com 48 participantes. Com isso, o governo pretende aplicar de forma racional e eficiente os recursos do programa, após testar a metodologia. Para esta fase, o MDIC disponibilizou R$ 1 milhão.
Após a conclusão do projeto piloto, cerca de 400 empresas serão atendidas, o que ocorrerá a partir de julho. Nesta fase, serão investidos R$ 8 milhões em recursos provenientes de parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e também do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel).
“Melhorar a produtividade é melhorar a competitividade de nossas empresas. Neste sentido, a expansão do Brasil Mais Produtivo, em eficiência energética e tecnologia, é um salto extraordinário no programa. É uma importante iniciativa do governo para que a indústria brasileira seja cada vez mais competitiva no mercado externo”, disse o secretário de Desenvolvimento e Competitividade Industrial, Igor Calvet.
A expansão do programa também prevê ações no eixo “digitalização e conectividade”, levando às empresas participantes técnicas de digitalização de todo ou parte do processo produtivo. Na prática, os consultores aplicarão soluções utilizando plataformas tecnológicas como: aplicação de realidade aumentada no chão de fábrica; gerenciamento remoto; implementação da internet das coisas na linha de máquinas e big data.
Esses mecanismos permitirão, por exemplo, a tomada de decisão automatizada para regulação da linha de produção, permitindo aumento do rendimento e da produtividade e ajustes rápidos dos parâmetros para economia de recursos.
Atualmente, dez empresas passam por etapa piloto do programa na área de tecnologia, para a qual foram investidos R$ 2 milhões pelo Senai. Esta fase deve durar todo o ano de 2017. A partir de janeiro de 2018, serão inseridas 30 novas empresas participantes. Serão selecionadas indústrias que produzem equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos. O custo estimado do investimento será de R$ 150 mil por participante, com recursos do Ministério da Saúde.
Canal-Jornal da Bioenergia com dados da Assessoria de Imprensa do Ministério da Indústria e Comércio