De acordo com a resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a mistura de biodiesel no diesel aumentou de 12% para 14% a partir deste 1 de março. Uma medida decidida pelo governo federal visando reduzir as emissões de poluentes no transporte rodoviário. Com isso, haverá uma nova demanda pelo biocombustível na casa dos 8,9 bilhões de litros de biocombustível em 2024. No ano passado, foram produzidos 7,3 bilhões de litros. Para 2025, quando a proporção deve aumentar para 15%, a projeção é de 10,1 bilhões de litros.
Com essa nova realidade, haverá uma redução de importação de diesel fóssil. Dados do Ministério de Minas e Energia mostram que o B14 (diesel com 14% de biodiesel) evitará a importação de 2 bilhões de litros de óleo diesel, resultando em economia de R$ 7,2 bilhões. Em termos de produção de biodiesel, o Brasil possui hoje uma capacidade instalada para atender a uma mistura de 20% de biodiesel.
Atualmente os principais estados produtores de biodiesel no Brasil são:
O maior produtor de biodiesel no Brasil é o Rio Grande do Sul. Em 2023, o estado registrou uma produção total de 7,5 bilhões de litros de biodiesel. Esse número representa um recorde histórico para a indústria brasileira de biocombustíveis. Já o estado de Mato Grosso registrou uma produção total de 7,3 bilhões de litros de biodiesel. Goiás é outro estado importante, tem uma indústria de biodiesel em crescimento, sendo que em 2023, o estado produziu um total de 7,1 bilhões de litros de biodiesel. Minas Gerais também está entre os maiores produtores seguido do Paraná, Bahia e Ceará também avança na produção desse biocombustível.
Na avaliação da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), o novo percentual representa uma importante conquista para o país, uma vez que, além dos ganhos para a economia nacional, haverá um importante avanço diante da descarbonização da matriz energética, com benefícios amplos em termos ambientais, sociais e de saúde pública.
“O governo entendeu o potencial do biodiesel e reverteu os retrocessos impostos pelo governo anterior. A ampliação da mistura diminui a emissão de gases estufa, estimula a agricultura familiar, gera investimentos vultosos e fortalece nossa balança comercial a partir do aumento do farelo de soja para o mercado de proteína animal”, destaca o presidente do Conselho Superior da Ubrabio, Juan Diego Ferrés.
Canal-Jornal da Bioenergia