O Brasil avança em capacidade instalada
Em 2019 o Brasil deverá ter um salto de 44% na capacidade instalada de energia solar. A previsão é de que o país alcance a marca de 3,3 gigawatts (GW) em operação. A previsão é de Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABsolar). A entidade projeta ainda que este será um ano muito positivo para o mercado solar brasileiro por causa da chamada geração distribuída —em que placas solares em telhados ou terrenos geram energia para atender à demanda de casas ou de estabelecimentos comerciais e indústrias. A previsão é de que esses projetos de geração distribuída (GD) deverão acrescentar 628,5 megawatts (MW) em capacidade solar ao país, um crescimento de 125%, enquanto grandes usinas fotovoltaicas devem somar 383 MW até o final do ano, um avanço de 21 por cento.
Entre 2017 e 2018, a geração distribuída já havia mostrado ritmo mais forte, com expansão de 172%, contra 86% nas grandes usinas, mas os projetos de GD, menores, adicionaram naquele período 317 MW, contra 828 MW dos empreendimentos de grande porte, viabilizados após leilões de energia do governo.
“Com isso, esse ano de 2019, e até 2020, serão anos de enorme desafio para a geração centralizada… A ABsolar recomenda que o novo governo estruture um planejamento previsível, com continuidade de contratação, para que o setor consiga se planejar”, prevê Sauaia. A entidade acredita ainda que a expansão da fonte agora em 2019 deverá gerar investimentos totais de R$ 5,2 bilhões, com cerca de R$ 3 bilhões para a geração distribuída. Apesar desse crescimento todo, a energia solar ainda tem participação pequena na matriz elétrica do Brasil, com 1% da capacidade instalada no país.
Canal-Jornal da Bioenergia