No Brasil, nos últimos anos, a energia eólica offshore vem atraindo cada vez mais o interesse de investidores. A Petrobras por exemplo está nessa jornada porque possui a facilidade de ter expertise na exploração de petróleo no mar. Há inclusive na ANP projetos de PD&I de petroleiras dedicados a prospectar geração eólica offshore em aguas brasileiras. O Ministério de Minas e Energia buscado a regulamentação de projetos para que eles virem empreendimentos. Já são 189 gigawatts (GW) de potência em fase de licenciamento no Ibama. A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum, tem dito em suas entrevistas sobre o tema que o Brasil ainda tem gargalos a vencer no que se refere a eólica offshore. “Avançamos com licenciamento ambiental e regulação para os projetos, enquanto questões associadas à infraestrutura (transmissão de energia), cadeia produtiva nacional e custos ainda precisam ser resolvidas.”
O Ceará aparece em segundo lugar em número de projetos, com 23 parques, somando 58.105 MW (31%), atrás do Rio Grande do Sul, com 24 parques e 61.719 MW (33%). Para tirar os empreendimentos do papel, as empresas aguardam a aprovação de marcos regulatórios que garantam a segurança jurídica aos investimentos. Destaque para o projeto de lei 576/2021, aprovado no Senado e que agora tramita na Câmara dos Deputados. Entre as definições necessárias estão o modelo de cessão das áreas, a cobrança de outorgas e os critérios para a realização de leilões.
Canal-Jornal da Bioenergia