O setor de bioenergia e Trump. O que esperar?

Especialistas do setor de bioenergia e do agronegócio ainda aguardam mais clareza do governo Trump em relação as medidas que ele venha a tomar e que possam afetar o setor, principalmente o sucroenergético. Muitos já acreditam que as colaborações internacionais em transição energética terão seu processo prejudicado.

O deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) citou recentemente em entrevista à Gazeta do Povo que o novo governo americano deve trabalhar pela ampliação do mercado na China para os produtos norte-americanos. Ou seja, a tendência é de forte concorrência entre Brasil e Estados Unidos, principalmente pela fatia chinesa na exportação de soja e milho. “Estamos entre as três maiores potências produtivas do mundo ao lado da China e dos Estados Unidos. Disputamos os mesmos mercados em uma concorrência extremamente importante. A disputa de mercado com os Estados Unidos é muito agressiva e forte, mas até agora não existia uma participação efetiva dos americanos nas negociações diretas com a China. A situação era mais pró-Brasil com o mercado chinês aberto com possibilidade do agro brasileiro entrar”

Setor sucroenergético

O setor de açúcar e etanol foi o quinto maior em exportações para os Estados Unidos. Em 2024, o Brasil enviou 1,38 milhão de toneladas, representando 14,65% do volume exportado. O faturamento atingiu US$ 794,28 milhões, equivalente a 6,57% do total. O açúcar bruto liderou as exportações do segmento, com 883,36 mil toneladas embarcadas e receita de US$ 442,02 milhões. O etanol apareceu em seguida, com 247,77 mil toneladas exportadas e faturamento de US$ 181,82 milhões. Já o açúcar refinado registrou 283,58 mil toneladas enviadas e receita de US$ 164,25 milhões.

O setor de madeira, celulose e papel lidera as exportações agropecuárias para os Estados Unidos. Em 2024, as vendas somaram US$ 3,73 bilhões, o equivalente a 30,88% da receita total. O volume embarcado foi de 4,9 milhões de toneladas, representando 52,2% de tudo o que o Brasil exportou para o mercado americano. O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, e os Estados Unidos são seu principal comprador. Em 2024, o país importou 16,1% do volume total exportado pelo Brasil, um aumento de 34% em relação a 2023.

Canal-Jornal da Bioenergia

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