Cada ônibus abastecido com o combustível renovável reduz emissões de CO2 equivalente ao plantio de 130 árvores por ano, comparado ao diesel fóssil
Uma nova linha de ônibus abastecidos com 20% de biodiesel adicionado ao diesel fóssil, o chamado B20, começou a circular hoje (12/01) na área central de Brasília. O transporte fará uma linha específica, na extensão do Eixo Monumental (do Memorial JK, passando pela Esplanada dos Ministérios até a Praça dos Três Poderes e duas vezes pela Rodoviária do Plano Piloto).
Os ônibus, que utilizam 20% de combustível fabricado a partir de fontes renováveis, como óleo de soja, gordura animal, óleo de algodão e óleo de fritura usado, têm o piso mais baixo, dispensando a necessidade de escadas, além de contar com ar-condicionado. A passagem custa R$ 2,50.
Para o diretor superintendente da Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene), Donizete Tokarski, esta é uma iniciativa notável do governo de Brasília e da empresa que opera a linha, a Piracicabana, de reconhecer a importância do biocombustível.
“Poder proporcionar isso à população da cidade em que eu vivo dá um diferencial a mais no nosso trabalho. A capital federal é um exemplo, tudo que acontece em Brasília reflete no país todo, então a gente espera que isso possa ser replicado para outras cidades. Além disso, o problema ambiental é uma questão que atinge a todos. Quando fazemos um benefício ambiental, estamos beneficiando toda a sociedade” comentou Tokarski, durante o lançamento.
Três peguntas para o secretário de Mobilidade do DF, Fábio Damasceno:
Ubrabio: Por que usar o B20?
Fábio Damasceno: Primeiro, devido à importância de colaborarmos com a melhoria ambiental. O B20 com todas as características que ele traz, principalmente com esses nove carros que equivalem à plantação de aproximadamente 1,2 mil árvores por ano, é muito importante para a qualidade ambiental de todo o Distrito Federal. Por ser um combustível de fontes renováveis, o biodiesel abre novos horizontes para produção de soja e aproveitamento do sebo animal e do óleo de fritura, enfim, abre novos caminhos em relação à produção de combustível sustentável, à redução do uso de diesel fóssil e à mitigação da emissão de poluentes. É uma nova fronteira que o Distrito Federal atravessa na qualidade de vida, do ar e da mobilidade urbana.
Ubrabio: Os motores precisaram ser adaptados?
FD: Nenhuma adaptação. Esses ônibus novos já são preparados com motores com garantia para utilização dessa mistura B20, que já é autorizada inclusive pelo Conselho Nacional de Política Energética – CNPE.
Ubrabio: O uso do B20 vai impactar o preço das passagens?
FD: Nenhum custo adicional. Esse biocombustível não impactou financeiramente para o sistema, mas traz muitos benefícios para a sociedade.
Ubrabio