As placas fotovoltaicas precisam ser trocadas a cada 25 anos. Mas o que acontece com todo esse material quando vira resíduo? Eles são reutilizados e voltam contribuir para a preservação do meio ambiente. Em linhas gerais, para a reciclagem desse tipo de placa, primeiro, a empresa faz a coleta dos objetos. Depois faz a desmontagem dos painéis. Nesse processo são extraídos: alumínio, vidro, plástico e mistura metálica.
Alumínio: vai para indústrias de fundição;
Vidro: composição de pelo menos 70% de uma placa, pode virar microesferas utilizadas em iluminação de rodovias, por exemplo – fazem os faróis brilharem de noite;
Plástico: dependendo do modelo do painel, pode ser menos ou mais volume.
Mistura metálica da parte interna: composta por silício, prata, cobre e estanho;
“Quando um sistema solar chega no final da sua vida útil, ele não vira lixo, ele continua sendo um produto de excelente valor agregado, do qual a gente consegue extrair, ainda, muitas utilidades. No total, se pegarmos um módulo fotovoltaico, 96% dele pode ser reciclado. (…) É quase uma latinha de alumínio”, conta Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da ABSOLAR.
Leonardo Duarte, que estudou engenharia de produção na UFSC, criou a primeira empresa especializada na reciclagem de módulos fotovoltaicos da América Latina. “Hoje somos os únicos a fazer especificamente a reciclagem dos painéis solares”, conta Duarte.
Ele fala sobre o futuro e como o fato de o Brasil não ser produtor dessas placas influencia o avanço do setor.
“Nada que a gente consegue reciclar dos painéis aqui no Brasil consegue ser reinserido nessa cadeia. O motivo é porque o Brasil não faz a fabricação fotovoltaicos”, explica. G1