De acordo com a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), o biogás vai fechar o ano de 2021 com crescimento de 30% em relação ao ano passado. Fruto da entrada em funcionamento de novos empreendimentos, principalmente no setor sucroenergético. O biogás ainda é muito pouco aproveitado no Brasil e segundo o presidente da entidade, Alessandro Gardemann, a fonte tem potencial enorme de crescimento.
“O biogás tem este potencial gigantesco, não explorado e que está sendo desperdiçado. Trata-se de um combustível avançado, carbono neutro, e que pode ajudar a descarbonizar as emissões de metano da agropecuária, em geral, e de tudo aquilo que é difícil de descarbonizar. afirma Gardemannem. Até 2030, a entidade prevê uma produção de 30 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia) de biometano, e 3 gigawatts (GW) de capacidade instalada em geração elétrica a partir do biogás.
Para o presidente da ABiogás, a expansão do gás natural renovável será fundamental no enfrentamento da crise climática. “O Brasil tem o maior potencial do mundo para a produção de biogás. Se todos os resíduos produzidos hoje pela agropecuária e pelo saneamento tivessem aproveitamento energético, poderíamos suprir 35% da demanda de energia elétrica e 70% do consumo de diesel no País”, afirmou.
Segundo o estudo da ABiogás, o potencial total do País – que ultrapassa a projeção para 2030 -, é de 120 milhões de m?/dia, o que significa poder dobrar a produção de gás natural brasileira, e por isso é chamado de “pré-sal caipira”.
O setor sucroenergético representa quase 50% do potencial, seguido da cadeia de proteína animal, com 32%. Contudo, o setor de saneamento, que tem 6% do potencial, é o que deve se reverter em projetos de forma mais acelerada nos próximos anos, informou a entidade. Com informações do Estadão Conteúdo