Primeira fábrica nacional de painéis solares é alavanca para crescimento socioeconômico no Paraná e no País, diz ministro Paulo Alvim

Chefe da pasta de Ciência, Tecnologia e Inovações fez visita recente à unidade fabril da Sengi em Cascavel (PR), fruto de investimentos da ordem de R$ 220 milhões, com geração de cerca de 250 empregos diretos

A fábrica de painéis solares da Sengi em Cascavel, no Paraná, tida como a primeira unidade fabril com capital exclusivamente nacional, é um marco para o País em termos de desenvolvimento econômico, social e tecnológico. A afirmação é do ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Paulo Alvim, que fez recente visita ao complexo industrial.

Durante o encontro, que contou com autoridades públicas, empresários da cadeia produtiva de Cascavel e do Paraná e membros da diretoria da companhia e do Grupo Tangipar, holding do setor de energia e dona da marca Sengi, o ministro participou de uma visita técnica para conhecer as modernas instalações e os equipamentos de alta complexidade.

De acordo com o ministro do MCTI, iniciativas como a dos empresários da Sengi têm de ser fortalecidas, pois geram postos de trabalho que favorecem toda atividade econômica do município. “É muito gratificante ver o nível de empreendedorismo e de competência empresarial neste projeto”, comentou Alvim.

Com investimentos da ordem de R$ 220 milhões, a primeira fábrica nacional de módulos fotovoltaicos está na fase de “Ramp-up”, termo para definir a fase inicial do processo de produção. A inauguração oficial está marcada para o dia 21 de outubro deste ano.

No plano de investimento da Sengi, está previsto o lançamento de uma outra fábrica de módulos fotovoltaicos no País, na filial em Ipojuca (PE), com início das operações previsto para março de 2023. Para esta segunda unidade, a empresa aportou outros R$ 220 milhões, que também devem gerar 250 novos postos de trabalho na região.

Segundo, Everton Fardin, diretor da Sengi Solar, as expectativas para a inauguração da primeira unidade são as melhores possíveis, visto que o mercado está aquecido e com gargalos no que diz respeito à fabricação nacional de qualidade de módulos fotovoltaicos. “A Sengi pretende preencher essa lacuna e conquistar uma grande parcela no mercado. Como nossas unidades fabris foram dimensionadas dentro do conceito de ‘indústria 4.0’, teremos um ritmo de produção muito acima do praticado na indústria nacional. E cada um dos processos terá menos de 25 segundos de duração, englobando montagem, transformação e inspeção”, comenta Fardin.

Para Daniel da Rocha, CEO do Grupo Tangipar, a meta é conquistar uma boa fatia deste mercado, que requer mudanças na industrialização mundial, não só do fotovoltaico, mas de todos os setores. “Há cada vez mais a necessidade de se buscar produtos em Centros de Distribuição mais próximos. Dificuldades de abastecimento encontradas durante a pandemia e a guerra entre Rússia e Ucrânia mexeu muito com a cadeia produtiva”, aponta.

“Diante disso, haverá uma grande mudança nos setores econômicos, aumentando a demanda por alternativas locais produtivas. Neste contexto, o Brasil tem capacidade e condições para se sair muito bem e assumir papel importante na indústria mundial”, acrescenta o executivo.

Segundo Rocha, o Grupo investiu na Sengi com a certeza de que atingirá os objetivos por meio de uma fábrica moderna, com capacidade produtiva e de qualidade no atendimento interno, além de possibilitar exportações de equipamentos e de tecnologias nacionais.

Os equipamentos a serem produzidos terão potência entre 440 watts e 670 watts, que estão entre as maiores do mercado internacional, e serão manufaturados com tecnologias bifaciais e double glass, que permitem a captação da radiação solar nas partes superiores e inferiores dos painéis fotovoltaicos. (Assessoria)

 

 

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