O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados da produção industrial no Brasil. A pesquisa destaca Goiás como um dos estados com maior alta entre as regiões pesquisadas, segundo dados de maio frente a abril.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, ressaltou o comprometimento dos empresários goianos por enfrentarem uma pandemia e conseguir se destacar em cenário nacional. “Os empresários goianos são verdadeiros heróis que enfrentam muitas dificuldades, a começar pela falta de apoio governamental. E mesmo assim, brigam, lutam por espaço e crescimento”, destacou.
Dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, do IBGE, mostraram aumento de 4,8% na produção industrial goiana, em maio frente a abril. Esse foi o melhor resultado dentre as regiões pesquisadas. No mesmo período, a produção industrial nacional cresceu 1,4%. O aumento na atividade produtiva foi observado em 12 dos 15 locais pesquisados.
Segundo análise da equipe econômica da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), na comparação de maio deste ano com maio de 2020, a atividade industrial goiana permaneceu em queda, -0,3%, enquanto o consolidado nacional registrou alta de 24%. Nessa base de comparação, Goiás ficou com o terceiro pior resultado, na frente apenas de Mato Grosso e Bahia, que registraram queda de 2,2% e 17,7%, respectivamente.
Vale ressaltar que em maio de 2020 houve paralisação em várias plantas industriais, devido à Pandemia da COVID 19, fazendo com que o consolidado nacional apresentasse a pior queda da série histórica (-21,9%, em maio/2021). Logo, esse aumento de 24% na atividade industrial nacional tem como forte influência essa base de comparação baixa. Já na análise regional, Goiás demorou a sentir os efeitos da crise, e as sucessivas quedas que vêm sendo observadas nos últimos meses, reforçam essa teoria.
Os setores que mais influenciaram a queda atual foram: fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos e produtos alimentícios. Todos eles, setores que se mantiveram fortes no auge da pandemia, no ano passado.
No acumulado dos últimos doze meses, a indústria nacional avançou 4,9%, entretanto, Goiás não acompanhou essa tendência, ficando entre as cinco regiões com queda (-0,4%). Todas as regiões tiveram ganho nesse acumulado, na passagem de abril para maio. As regiões que apresentaram queda, tiveram melhora, exceto Goiás, a única região com perda entre os períodos (-0,1% para -0,4%, de abril para maio).
Para Sandro Mabel, o resultado mensal (maio frente a abril) é positivo e reflete a confiança do empresário goiano. Entretanto, na análise mais completa, percebe-se ainda uma dificuldade em manter a atividade produtiva aquecida, que vem apresentando tendência de queda desde outubro de 2020. “Nós acreditamos na retomada da economia, e estamos investindo em qualificação profissional e tecnologia nas nossas indústrias, já preparando mão de obra para o mercado”, pontuou. Fieg