O diretor superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski, alertou recentemente : “Não podemos admitir quando dizem que o biodiesel é de péssima qualidade. O biodiesel é desenvolvimento tecnológico, é um dos temas que mais tem artigos publicados nos últimos anos. Já foi aprovado pelos testes para uso de 15%, porém ainda há setores na sociedade que condenam o uso. Enquanto isso, nos Estados Unidos, o mesmo fabricante usa 20%. Porque nós temos que ficar limitados?”. Segundo ele, o Brasil tem alta tecnologia, excelência no processo de produção, agricultura de baixo carbono, integração lavoura, agropecuária e floresta e acrescentou: “Não podemos ficar reféns de fake news”.
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) também tem assumido posições firmes em defesa da qualidade do biodiesel nacional e tem ressaltado que a Resolução ANP Nº 920/23 (RANP 920), em vigor, fez com que a especificação que já era rigorosa, ficasse ainda mais exigente. Além disso, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) exige que o biodiesel seja filtrado antes de ser levado para às distribuidoras. A entidade comenta ainda que com a elevação da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel, que passou neste ano de 10% (B10) para 12% (B12), a produção brasileira do biocombustível deverá chegar a 7,3 bilhões de litros.
Já o presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel, deputado Alceu Moreira, tem dito que o foco do setor é estabelecer um programa que dê previsibilidade à indústria de biodiesel. “Colocamos um projeto de lei que estabelece a política decenal para que o setor possa se planejar e definir estratégias para viabilizar o aumento da produção de biodiesel no Brasil. A proposta garante segurança jurídica e previsibilidade”. Segundo ele, a proposta prevê também um sistema de rastreamento da qualidade do diesel vendido nas bombas.
Canal-Jornal da Bioenergia