Depois de anos de pesquisas, o Programa de Melhoramento Genético de Cana-de-açúcar (PMGCA) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) lançará quatro novas variedades de cana-de-açúcar, após anos de pesquisa.
A novas liberações da universidade já foram multiplicadas pelas usinas conveniadas ao programa em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, apresentando grande potencial. Segundo o pesquisador Roberto Chapola, do PMGCA/UFSCar, os novos materiais são muito competitivos e resistentes às principais doenças da cultura. “Cada produtor possui necessidades específicas e, diante disso, a Ridesa tem trabalhado e continuará trabalhando intensivamente para suprir essas carências.”
As quatro liberações fazem parte do grupo de 16 novas variedades RB que serão lançadas no Encontro Nacional da Ridesa (Rede Interuniversitária de Desenvolvimento do Setor Sucroenergético), que ocorre nesta quarta-feira (25/11), em Ribeirão Preto (SP).
Além da UFSCar, outras seis universidades federais apresentarão novos materiais no evento: UFV, UFPR, UFAL, UFRPE, UFRRJ e UFG. A última liberação de variedades da Rede foi em 2010.
“Desde então estamos selecionando materiais e trabalhando muito em pesquisa a fim de oferecermos os melhores materiais para o produtor. Ficamos cinco anos de stand by para escolhermos bem as variedades a serem lançadas”, relata o pesquisador Edelclaiton Daros, professor da Universidade Federal do Paraná e coordenador nacional da Ridesa.
O Encontro Nacional também marcará a comemoração dos 45 anos das Variedades RB e dos 25 anos da instituição.
“São variedades que foram escolhidas estrategicamente pelas universidades e que se completam ao longo da safra, nos mais diferentes ambientes”, acrescenta. As variedades RB – sigla que denomina os materiais lançados pela Rede – são as mais cultivadas no país.
O estado de São Paulo, maior produtor nacional, é um exemplo da importância das variedades RB para o país. O censo varietal 2015, feito pela UFSCar em 138 usinas de São Paulo e Mato Grosso do Sul, mostra que as variedades RB ocupam 65% de toda área plantada com cana-de-açúcar nos dois estados. Globo Rural