Em comemoração aos 64 anos de existência no Estado de Goiás, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) inaugurou no mês de março o Instituto Senai de Tecnologia e Automação Industrial. O Instituto está instalado na Faculdade Senai Ítalo Bologna, em Goiânia (GO). A unidade ocupa área de 2.798m² e dispõe de laboratórios de automação e montagens elétricas, de hidráulica e pneumática, eletrônica, eficiência energética e renováveis, ensaios de móveis, inspeção de solda, calibração de pressão, massa e temperatura.
Entre os serviços oferecidos, estão soluções em tecnologia e inovação na área de automação industrial, incluindo eficiência energética, manutenção industrial, metrologia, pesquisa aplicada e projetos de inovação, além de atuação nos segmentos de madeira e mobiliário, moda, têxtil e vestuário.
O gerente do Instituto Senai de Tecnologia e Automação Industrial, John Edward Villena, destaca o atendimento voltado à eficiência energética. O serviço dará às indústrias suporte na área automatizada, diminuindo de 12 a 35% os custos em energia. “Nós fazemos a verificação do consumo e analisamos como a indústria usa seus recursos energéticos. Em seguida, montamos o plano de eficiência energética e, a partir disso, conseguimos mostrar o quanto irá reduzir na utilização dos recursos.”
Sobre essa vertente do Instituto, o diretor regional do Senai, Paulo Vargas, acredita que a entidade dá um salto extraordinário para atender as indústrias de Goiás. “Nós, que atuamos na educação há muitos anos, agora também vamos prestar serviços que antes eram buscados fora do Estado.”
Projeto
A implantação da nova unidade integra o Programa Senai de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira, lançado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2012, com o objetivo de consolidar o Senai como provedor de soluções tecnológicas para atender à demanda das empresas e ampliar a oferta de serviços técnicos e tecnológicos especializados, com produtos de maior complexidade e valor agregado, voltados para promover a produtividade e competitividade do setor produtivo.
Com investimento estimado em R$ 26 milhões, dos quais R$ 18,3 milhões financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a instituição concluiu em Goiás a implantação de dois institutos de tecnologia – além de Automação, há outro de Alimentos, com inauguração prevista para o segundo semestre.
Pedro Alves, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), ressalta que a competição aprimora o avanço tecnológico, referindo-se à crise econômica mundial. “Goiás, hoje, tem parque industrial significativo que precisa de apoio para continuar seus processos”, disse. Na oportunidade, o secretário de Gestão e Planejamento de Goiás, Thiago Peixoto, que representou o governador Marconi Perillo no evento, reconheceu a participação da Fieg, Senai e CNI no crescimento industrial do Estado. “Somos o estado que mais avança em sua economia e diversifica sua indústria. Essas entidades têm participação nisso – há identidade delas em cada indústria. Cada canto do Instituto remete à inovação, extremamente importante para as indústrias em Goiás”, afirmou.
Ainda sobre a crise econômica, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, lamentou o crescimento negativo de 8% da indústria em 2015, com perspectivas de novo PIB negativo para indústria em 2016. Entretanto, destacou que a CNI investe na formação do trabalhador, pois assim se alcança maior produtividade. “Antes faltavam laboratórios para a indústria. Aqui estão 25 laboratórios de inovação e 60 laboratórios de tecnologia. A indústria tem apoio para fazer com que seus produtos sejam mais competitivos, o que pode ajudar o Brasil a sair da crise” enfatizou.
ANA FLÁVIA -CANAL-JORNAL DA BIOENERGIA