O setor sucroenergético de Minas Gerais finalizou o ano de 2017 com boas notícias quanto à reativação de duas grandes unidades que estavam fechadas há cerca de três anos nos municípios de Canápolis e Capinópolis, no Triângulo Mineiro. Ambas foram adquiridas no leilão realizado em dezembro pela massa falida da Laginha Agroindustrial S/A e já passam por reformas tanto no canavial quanto na indústria.
A usina Canápolis (atual nome em homenagem ao município), que chegou a ser uma das maiores na região de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, foi arrematada no dia 7 de dezembro pelos acionistas da Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), no valor de R$ 133,860 milhões, incluindo uma área de 6.048,86 hectares e 24 imóveis.
O planejamento dos acionistas é fazer os investimentos necessários para colocar a usina novamente em operação, e posteriormente incorporá-la ao grupo. A previsão é iniciar o plantio de cana este ano e início da moagem em 2020. Neste período, serão feitas as adequações no parque industrial, que tem capacidade de moagem de 1,850 milhões de toneladas, com potencial de crescimento, e previsão da geração de 5 mil empregos diretos e indiretos.
“A reativação dessa usina trará grandes benefícios tanto para o município, quanto para as pessoas que vivem em Canápolis e região, como uma maior movimentação da economia local, desenvolvimento da cidade e geração de empregos diretos e indiretos”, afirma Carlos Eduardo Turchetto Santos, presidente da CMAA.
Investimentos
A Usina de Capinópolis, que adotará o nome de CRV Minas, foi arrematada no dia 5 de dezembro pelo Grupo Japungu, tradicional produtor de açúcar e etanol na Paraíba, e sua filial em Goiás, CRV Industrial Ltda, pelo valor de R$ 206,3 milhões, incluindo uma área de 3.210,44 hectares e 17 imóveis ao todo.
De acordo com o Executivo do grupo, Carlos Barreto, o arremate foi uma oportunidade de crescimento, já que a unidade é uma fábrica construída dentro das tendências mais modernas do setor, sem a necessidade de grandes investimentos, além de contar com solos férteis e clima favorável para a cultura da cana. “O grupo vem com uma política de crescimento, mas com o pé no chão”.
Os investimentos até o início da moagem somarão cerca de R$ 95 milhões no plantio da cana e na fábrica. Este ano, o grupo dará ênfase ao plantio de 4 mil hectares no sistema de meiosi e mais 1 mil hectares no convencional, além da realização do diagnóstico da usina. Em 2019, a intenção é plantar mais 5 mil hectares utilizando a meiosi. A moagem iniciará em 2020 na faixa de 900 mil toneladas.
A usina prevê trabalhar, inicialmente, apenas com cana própria, mas irá negociar também com potenciais fornecedores da região. Ela já está contratando, mas o forte das admissões serão a partir de 2019. O grupo conta com duas usinas na Paraíba e mais três em Goiás sob a denominação de CRV Industrial Ltda.
SIAMIG