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Sustentabilidade do cooperativismo no Brasil será discutida na TECNOSHOW COMIGO

“O segredo para o sucesso dos empreendimentos cooperativos está, justamente, no equilíbrio entre as faces econômica e social, o que só pode ser atingido a partir do claro entendimento desta dinâmica pelos dirigentes, bem como pelo comportamento consciente, participativo e empreendedor do grupo cooperado”, afirma o diretor financeiro do Instituto Brasileiro de Estudos em Cooperativismo (Ibecoop), Mauri Pimentel. Ele ministrará a palestra ‘Identidade Cooperativa: Desafio à Sustentabilidade do Cooperativismo Brasileiro’ no dia 5 de abril, das 11 às 12 horas, no auditório 2 do Centro Tecnológico COMIGO (CTC), em Rio Verde (GO). O debate faz parte da programação da TECNOSHOW COMIGO 2017.

Segundo Mauri Pimentel – que é também diretor executivo da Sapience -, a palestra tratará, objetivamente, do maior de todos os riscos operacionais ao qual uma sociedade cooperativa está exposta, que é a perda de sua identidade. “As sociedades cooperativas são empreendimentos de natureza social cujos catalisadores são os objetivos econômicos do grupo cooperado. As pressões do mercado competitivo, e cada vez mais hostil, forçam naturalmente as cooperativas a voltarem seus melhores esforços à face econômica da organização, ou seja, sua relação empresarial com o mercado, muitas vezes em detrimento da face social, que é sua relação societária com o grupo cooperado” enfatiza. Ele acrescenta que em alguns casos específicos, visualiza-se a relação inversa, ou seja, cooperativas com um foco exacerbado em sua relação societária com cooperados, relegando ao segundo plano a lógica competitiva do mercado. “Isso se mostra igualmente perigoso para a sustentabilidade deste modelo empresarial”, relata.

De acordo com ele, o risco da não observância da manutenção da ‘Identidade Cooperativa’ resulta no enfraquecimento da organização ao longo do tempo, colocando em cheque a sua perpetuidade no contexto mercadológico e social do qual faz parte. Mauri informa que é importante abordar esse assunto, por causa da relevância do agronegócio para o país e porque, segundo dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), cerca de 48% de tudo o que é produzido no campo passa, de alguma forma, pelas cooperativas. “Por analogia, então, podemos afirmar que qualquer ameaça a sustentabilidade do cooperativismo brasileiro, certamente traria impactos profundos a economia nacional, em especial ao agronegócio brasileiro”, reforça.

Perfil do palestrante
Mauri Alex de Barros Pimentel é mestre em Administração de Empresas pela EBAPE/FGV, especialista em Gestão Empresarial de Cooperativas pela EPGE/FGV e administrador de Cooperativas pela UFV. Possui experiência profissional em atuação gerencial em organizações como Sebrae, Sescoop, Unimed e Petrobras, assim como ações de consultoria independente e docência nas áreas de planejamento e gestão estratégica, governança corporativa, doutrina e teoria cooperativista, liderança, estratégia empresarial, business plan e desenvolvimento de negócios em diversos segmentos do cooperativismo. Atua como coordenador acadêmico e professor convidado para os cursos de MBA In Company em organizações cooperativas pela FGV, consultor Externo da Comissão Especial de Direito Cooperativo (CEDC) da OAB/RJ, diretor Financeiro do Ibecoop e diretor executivo da Sapience.

 

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