A guerra entre Israel e Hamas, no Oriente Médio, já vem provocando preocupações e dificuldades para o agronegócio brasileiro principalmente porque o Brasil importa fertilizantes, defensivos e sementes de Israel. Agora, com o ataque do Irã contra Israel, a tensão no Oriente Médio, aumentou ainda mais gerando receio de consequências diretas e indiretas para a produção agropecuária no País e para a economia como um todo. O temor maior é que haja uma reação de Israel e isso gere um ampliação do conflito em toda região.
Essa escalada do conflito no Oriente Médio pode gerar impactos significativos em curto e médio prazo para os agricultores brasileiros, especialmente considerando as relações comerciais com Israel e outros países árabes. O Irã desempenha um papel significativo no agronegócio brasileiro, sendo o quarto maior parceiro comercial do Brasil em termos de produtos agropecuários. O país é importa do Brasil milho, soja em grãos, açúcar de cana em bruto e farelo de soja do Brasil. Compra ainda fumo em folhas, gelatinas e colas para uso industrial e medicamentos para medicina humana e veterinária:
A região do conflito, o Oriente Médio, representa 18% de tudo que o Brasil importa de fertilizantes anualmente. Em 2024, até agora, o Brasil importou apenas cerca de 15% do volume médio anual da região. Ficaram 6 milhões de toneladas em aberto. Além disso, preocupa o possível aumento no preço dos combustíveis, devido à instabilidade na região. Isso afetaria muito o custo das operações agrícolas. O Irã é um grande parceiro do Brasil na venda de petróleo e gás.
Canal-Jornal da Bioenergia