Unicamp e CPFL estabelecem acordo para veículo elétrico

A Unicamp estabeleceu um acordo com a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) para testar, como uma plataforma de ensino e pesquisa, as funcionalidades e eficácia de um veículo elétrico, que foi cedido pela empresa à Universidade. A parceria, que contempla a pesquisa e cooperação técnica e financeira, está diretamente relacionada ao conceito de laboratórios vivos (living lab), em que o veículo representa uma espécie de ecossistema de inovação aberto voltado à sustentabilidade.O acordo foi assinado pelo coordenador geral da Unicamp, Alvaro Penteado Crósta, e pelo vice-presidente de planejamento e gestão empresarial da CPFL, Wagner Luis de Freitas. Durante a cerimônia, a CPFL entregou o veículo, um Renault Fluence, à Universidade. A parceria prevê um eletroposto público, no bolsão de estacionamento da Central de Informações, para carregamento rápido da bateria do automóvel.

“É uma satisfação celebrar este acordo, sobretudo porque ele extrapola bastante a simples utilização do veículo elétrico. Trata-se de uma parceria que se insere no conceito de laboratórios vivos de pesquisa, em que ações operacionais se integram com atividades de ensino e pesquisa”, explicou o coordenador geral, Alvaro Crósta. Na oportunidade, ele representou o reitor José Tadeu Jorge. O vice-presidente de planejamento e gestão empresarial da CPFL, Wagner Luis de Freitas, afirmou que a celebração do acordo é um marco. Wagner de Freitas ressaltou que as fontes alternativas de energia, como o carro elétrico, são o “supernegócio” para os próximos 40 anos.

“Como um grande player no setor de energia do Brasil, a preocupação da CPFL é fazer com que a mobilidade elétrica seja incentivada de modo a substituir os combustíveis fósseis, gerando menor emissão de poluentes e mais conforto aos usuários. Para isso nós temos um grande projeto de mobilidade elétrica e contamos com a Unicamp como nossa parceria, a melhor universidade do Brasil. Agradeço a direção da Universidade, os professores, alunos, funcionários e pesquisadores que estão colaborando com a CPFL”, acrescentou.

A celebração do acordo contou com a presença das pró-reitoras de Pesquisa, Gláucia Maria Pastore; de Desenvolvimento Universitário, Teresa Dib Zambon Atvars; do pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, João Frederico da Costa Azevedo Meyer; do assessor da Coordenadoria Geral da Universidade e especialista em transportes, Orlando Fontes Lima Júnior; do vice-reitor executivo de administração da Unicamp, Oswaldo da Rocha Grassiotto; e do diretor de estratégia e inovação da CPFL, Rafael Lazzaretti. Também prestigiaram, docentes, pesquisadores e funcionários das duas instituições.A Unicamp é a maior parceira da CPFL desde 2001, conforme o diretor de estratégia e inovação, Rafael Lazzareti. Ele fez uma apresentação dos acordos em andamento entre as duas instituições, ressaltando, além do projeto dos veículos elétricos, os relacionados à geração de energia solar fotovoltaica, a produção de eletricidade a partir do biogás de vinhaça e a instalação de uma matriz de reuso e descarte limpo na CPFL.

Rede Internacional de Campus Sustentáveis
O coordenador geral da Unicamp, Alvaro Crósta, agradeceu a CPFL pelas parcerias, acrescentando que a Universidade avançou muito em 2015 no contexto da sustentabilidade. Crósta disse que em abril desde ano a Unicamp aderiu à Rede Internacional de Campus Sustentáveis (International Sustainable Campus Network- ISCN), criada pelo Fórum Global de Líderes Acadêmicos, que reúne as mais importantes universidades mundiais num esforço para avançar ações de sustentabilidade.
“Ao fazer isso, a Universidade se comprometeu com três princípios da carta desta rede: demonstrar respeito à natureza e à sociedade, fazendo com que questões relacionadas à sustentabilidade tornem-se parte integral do planejamento, construção, renovação e operação de edifícios no campus; definir metas e o desenvolvimento do plano diretor, incluindo questões tanto ambientais como sociais; e estabelecer que, para aliar a missão da universidade com o desenvolvimento sustentável, o ensino e a pesquisa devam ter as instalações físicas integradas ao conceito de ‘laboratórios vivos’ voltados à sustentabilidade”, explicou. Ainda de acordo com ele, em setembro último, foi o criado o Sistema Gestor Universidade Sustentável e o seu órgão operacional, o Grupo Gestor. “Este sistema tem suas câmaras técnicas na área de gestão de energia, gestão de recursos hídricos, gestão de fauna e flora, ambiente urbano, gestão de resíduos, qualidade do ar e educação ambiental. Nós estamos, neste momento, no processo de implantação destas câmaras.”
Unicamp

Veja Também

Cultivo da palma de óleo mantém floresta em pé e recupera áreas degradadas da Amazônia

Planta que dá origem a óleo vegetal mais consumido do mundo gera empregos e renda …